segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A festa

Ao longe as luzes salpicam o bréu com cores e barulhos. Os olhos fixos, pasmados, as bocas semi-abertas a olhar também. "Olha, olha!". Eu olhei. Primeiro para cima, para o céu a mudar de cor, e depois a mudar de cor e mais uma vez, algumas vezes. Depois olhei à volta. Velhos, novos e crianças. Pais, avós, netos. Farturas, pipocas, balões. Risos. sorrisos, conversas. Festa. As melhores calças, a melhor camisa, até a gravata. A missa, a música, os almoços até serem jantares. Os problemas deixados em casa, as tristezas em casa também ou trazidas no bolso, escondidas para não estragarem a festa. Pensei "também quero". Tentei deixar em casa, tentei guardar no bolso. Acabei a esconder, não na algibeira, mas por trás de risos, sorrisos e conversas. Mas o céu salpicado de cores muitas e barulhos muitos foi festa para mim. E por isso foi boa. Porque não foi tão escuro hoje.

Sem comentários:

Enviar um comentário