domingo, 3 de junho de 2012

Este silêncio, não por falta de barulho, de sons, de vozes.. Este silêncio nas palavras. Este silêncio nas imagens, que se repetem nas lembranças, as fotografias e os momentos parados no dia em que foram fotografias e momentos. Parados no silêncio. Fecho os olhos, e até abertos, e vejo só aqueles dias, aqueles sítios, e os cheiros. Dói que tardem em voltar, dói sentir o tanto que sinto. Este silêncio nas palavras, qual viagem solitária, mesmo não estando sozinha. Quanta sede e fome, e frio. E hoje é um dia quente de verão, e não falta comida na mesa, e água fresca e pessoas à volta a rir. Mas estou presa a esta coisa a que julgo que chamam saudade!

"A saudade não está na distância das coisas, mas numa súbita fractura de nós, num quebrar de alma em que todas as coisas se afundam." Vergílio Ferreira

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