sábado, 7 de janeiro de 2012

 O tempo chega e pára sobre as coisas. A porta do quarto continua meia aberta, a roupa da cama desfeita parada, a torneira a jorrar água quente, o vapor a encher de fumo a casa de banho. Na banheira o corpo dela, já perdido do mundo, já perdido de si mesmo. A pele branca a unir-se a porcelana branca também, e o cabelo a seguir o caminho da água, preto de estar molhado. Os olhos, quase brancos, sem vida alguma, como se fossem de vidro. O tempo que parou para sempre naquele momento. A morte, fria, escura, triste. Salvação?

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