É só uma janela. Penso.
A luz pública, as árvores, os carros. O outono, o céu carregado, pesado de água, o vento frio. E penso. São só árvores, só carros, só chuva. O que há de belo? Eu também o acho. Mas não hoje.
Hoje, penso. Olhos azuis são só olhos azuis. Poesia é apenas palavras, letras. Música é só barulho.
Hoje, penso. Telas são panos brancos, e quando pintados são panos brancos com tinta.
Hoje, penso. Tudo é apenas qualquer coisa. Qualquer coisa só.
Não é assim mas hoje o é.
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