Já nem chorar faço
Só um peso nos olhos, um aperto no peito
Que suga aos pouquinhos
o que foi bom
o que não é
mais
nada
Quase que sinto
Os sorrisos a fugir
na pele arrepiada ainda
de pensar
no nó no estômago
que agora é de não ter
e que era de ter
o que agora foge
e eu vejo a fugir
e ver é o que posso fazer apenas
porque uma parede de vidas outras
me separa da minha vida não morta
Então continuo
com o peso nos olhos e o aperto no peito
Já nem chorar faço
e se fizer
é a fraqueza de ter de desistir.
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